Tudo sobre a relação WNBA e Europa - Parte 3
Quais novatas da liga americana se destacam no Velho Continente?
Olá amigos, tudo bem?
A edição da newsletter de hoje é especial. Rebeca Valente e Isabella Mei, as duas incríveis colaboradoras do Beta Basket, trazem uma cobertura super interessantes, com uma análise das novatas da WNBA no na Europa e resultados do campeonato russo.
Prestem bastante atenção no que elas têm a dizer, pois são vozes muito certeiras na cobertura do basquete feminino. Indico que as acompanhem aqui e também fora da newsletter, pois suas análises e opiniões são sempre precisas.
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O que esperar das novatas da WNBA na Europa?
Os campeonatos nacionais europeus já estão a todo vapor, e esses torneios são usados como preparação para a Euroliga e Eurocopa. Nesses torneios, podemos encontrar o First All Rookie Team (o time das melhores novatas), escolhidos pelos técnicos da WNBA em 2020. Essa seleção é composta por:
Crystal Dangerfield – Minnesota Lynx
Julie Allemand – Indiana Fever
Chennedy Carter – Atlanta Dream
Jazmine Jones – New York Liberty
Satou Sabally – Dallas Wings
Mas com tantas estrelas jogando essa temporada, o que esperar dessas jovens atletas em um mercado totalmente diferente?
Como já noticiado aqui no Beta Basket, uma temporada na Europa é extremamente importante por motivos financeiros e de visibilidade. Para as rookies, porém, o tempo em quadra é o mais importante.
Entre as melhores novatas da temporada, Dangerfield ainda não assinou para jogar na offseason. Carter, que havia fechado com o clube turco Elazig Il Ozel Idare, decidiu em acordo mútuo não entrar em quadra. Ainda há expectativas de que a jogadora encontre uma nova equipe.
Portanto, apenas três atletas do First All-Rookie Team estão jogando na Europa.
Jazmine Jones fez sua temporada de estreia na WNBA com ótimos números: 10,8 pontos, 4,1 rebotes e 2,3 assistências, nos 20 jogos que fez pelo Liberty, que contava com sete jogadoras draftadas no início do ano. Agora no Tarbes Gespe Bigorre (França), busca conquistar o campeonato nacional, já que o time não está classificado para Euroliga e Eurocopa. O clube está atualmente na 5ª posição e Jones, com apenas 3 partidas jogadas, acumula médias de 10,7 pontos, 3,7 rebotes e 1,3 assistências. As expectativas são grandes não apenas para a atleta como para o time francês, em uma liga extremamente disputada. Se continuar assim, Jones voltará para Nova York com uma grande experiencia, jogando em outra liga de alto nível.
Julie Allemand, chamou atenção ao se mostrar extremamente decisiva na sua primeira temporada na WNBA. A jogadora belga se juntou ao Indiana Fever e conseguiu se encaixar com a renovação da equipe: em 22 jogos teve uma média de 8,5 pontos, 5,8 assistências e 47.8% de acerto nas bolas de 3 pontos. Partiu também para a França, jogando com o BLMA, que conta com nomes como Cheyenne Parker (Chicago Sky) e Myisha Hines-Alllen (Washington Mystics), está na busca pelo campeonato francês, pois não disputarão a Euroliga e a Eurocopa. Mesmo fora das duas maiores competições europeias, o campeonato francês, como visto aqui, é uma grande porta de entrada para jovens atletas. Allemand com apenas 3 jogos, já marcou em média 12 pontos, 5,7 rebotes e 7,3 assistências. A belga carrega a promessa de ser para o Fever o que a sua compatriota Emma Meesseman representa para o Mystics.
Satou Sabally, joia da Universidade de Oregon, e segunda escolha do Draft 2020, atleta de origem alemã, jogou apenas 16 jogos pelos Dallas Wings, mas teve médias incríveis, de 13,9 pontos, 7,8 rebotes e 2,5 assistências. Optou por jogar na Turquia, na equipe do Fenerbahce, que conta com grandes estrelas da WNBA como Kayla McBride (Las Vegas Aces) e Jasmine Thomas (Connecticut Sun). A equipe disputa o campeonato turco e a Euroliga, dois campeonatos extremamente difíceis e disputados, motivo pelo qual podemos acreditar que se Sabally jogar e voltar saudável, o Wings terá uma jogadora mais experiente e capaz de liderar em quadra junto de Arike Ogunbowale. Lado a lado, estas podem formar a nova super dupla da W. Na liga turca, com apenas 7 jogos disputados, tem média de 19,6 pontos, 8,3 rebotes e 2,1 assistências. Acompanhar a carreira de Satou Sabally é testemunhar o futuro do basquete acontecendo.
Uma olhada no Campeonato Russo
A newsletter tem dado prioridade para os campeonatos europeus que contam com jogadoras brasileiras. Porém, não podemos ignorar os grandes torneios com os principais nomes do basquete feminino no mundo. Um deles é o Campeonato Russo, que conta com o atual campeão da Euroliga (UMMC Ekaterinburg, em 2019 e 2018). Confira o resultado dos dois principais confrontos do último fim de semana:
1 de novembro: Dynamo Kursk 96 X 48 Spartak Moscow
Cestinha da partida: Arike Ogunbowale (Dallas Wings), do Dynamo Kursk – 20 pontos
3 de novembro: Dynamo Moscow 65 X 114 UMMC Ekaterinburg
Cestinha da partida: Courtney Vandersloot (Chicago Sky), do UMMC Ekaterinburg – 26 pontos