Olá amigos, tudo bem?
Espero que estejam aproveitando essa sequência de jogos da WNBA. Desde 4 de agosto não houve um dia sequer de pausa na ação da bolha e só no dia 17 de agosto vamos ter um break. Depois disso, tudo recomeça na noite seguinte com mais uma rodada puxada. Você está curtindo?
Apesar desse ser o sonho do fã do basquete (até porque também tem jogos da NBA acontecendo), será que vale a pena apertar tanto uma competição que está desgastando atletas e profissionais envolvidos na organização em meio a uma pandemia cuja cura ainda não está tão perto? Segue lendo a newsletter e você vai ver o tanto de lesões que já derrubaram jogadoras nesse corre todo.
Na última semana comemoramos os 24 anos do mundial conquistado pela seleção brasileira em 1994, na Austrália. Nessa semana, temos mais duas comemorações extremamente importantes!
Além disso, vamos dar uma ronda para saber quais competições os times das brasileiras na Europa vão jogar.
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Sem mais delongas, vamos ao que interessa…
Vocês já sentiram orgulho do basquete feminino brasileiro hoje? Porque eu sinto todo dia. Mas nessa semana fomos lembrados de dois motivos muito especiais para continuarmos exaltando essas mulheres maravilhosas que fizeram e ainda fazem a história desse esporte lindo no Brasil.
Ontem, 10 de agosto de 2020, comemoramos um ano da vitória histórica do Brasil nos Jogos PanAmericanos de Lima de 2019. Quem presenciou aquele momento sabe o quanto aquele ouro serviu para levantar a moral da nossa seleção e de todo o basquete no país, para ser bem sincera.
Segundo o técnico José Neto, em conversa com essa que vos inscreve no evento Blog do Souza TALKS: “nós precisávamos muito daquele ouro. Havíamos acabado de sair de uma Americup na qual não conseguimos conquistar uma vaga no Mundial. Aquilo nos destruiu e quando voltamos para o Brasil estávamos muito tristes. Na primeira oportunidade, que foi em Lima, mostramos que aquilo não era o nosso normal e que viemos para mudar esse história. E foi assim que conquistamos o título, com crédito total para as atletas e a nossa coordenadora, Adriana dos Santos”.
E hoje, dia 11 de agosto, uma outra conquista faz aniversário. Há 29 anos, a seleção que tinha Magic Paula e Hortência como líderes conquistou a América Latina e foi capaz de tirar um sorriso de Fidel Castro.
Quem não ouviu a história que as jogadoras daquele time contam com brilho nos olhos? O próprio líder cubano falou para as atletas que elas haviam feito o improvável.
Vou deixar vocês com umas fotos que vão fazer os olhos de vocês encherem d’água!
Seleção campeã em Lima, Peru (2019).
Seleção campeã em Havana, Cuba (1991).
Isabela Ramona, com o sorriso que vale ouro… literalmente (2019).
Hortência e Paula, líderes da seleção em 1991.
Como você já foi informado aqui nessa newsletter, vamos ter uma temporada europeia com bastante brasileiras! E agora, além de sabermos quais times elas vão jogar, também temos as informações sobre quais torneios estarão em disputa!
O Lointek Gernika Bizkaia, da Nadia Colhado, está garantido na EuroCup Women, como vocês podem ver abaixo.
O Izmit Belediyespor, da Turquia, onde Clarissa dos Santos vai atuar, disputa uma vaga na EuroLeague Women. Se vencer o Aluinvent DVTK Miskolc, da Hungria, estará entre os melhores clubes do Velho Continente.
Você sabe quantas jogadoras já se machucaram na wubble? Pelo menos 14. Atualmente, esse número — que é mais do que o número de atletas que uma franquia pode ter — representa quantas estão ou fora definitivamente, em avaliação ou simplesmente esperando o momento certo de entrar em quadra para não piorar uma lesão.
Essa é apenas a quarta semana de jogos. Com uma agenda compacta cujo objetivo é atender a necessidade de jogar em meio a uma pandemia devido a compromissos com patrocinadores e investidores, isso não é bem uma surpresa.
A maioria das equipes está jogando com menos de de dois dias de descanso. O Connecticut Sun, por exemplo, vai jogar 15 dos seus 22 confrontos com apenas um dia para se recuperar fisicamente. Mesmo sem viagens e tendo locomoção reduzida, essa sequência frenética, com pouco apoio de profissionais, eventualmente pesaria.
O número exacerbado de lesões em tão pouco tempo também mostra que veteranas e novatas são as que sofrem mais com essa rotina diferente do “normal”. Diana Taurasi (Phoenix Mercury), Sue Bird (Seattle Storm) e Sylvia Fowles (Minnesota Lynx) são avaliadas diariamente sobre suas condições de entrar em quadra. Como o calendário é corrido, os técnicos preferem guardar suas armas principais para eventuais confrontos de playoffs.
Já Sabrina Ionescu (New York Liberty), Chennedy Carter (Atlanta Dream), Satou Sabally (Dallas Wings) estão em seu primeiro ano e todas torceram seu tornozelo. Compreensível, já que não somente estão se adaptando a um novo estilo de jogo, também estão lidando com uma sequência de partidas bem diferente de quando estavam no basquete universitário.
Esses nomes se somam às outras que estão na lesionadas na bolha e às que optaram por não atuar este ano por questões de saúde ou motivos pessoais.
As baixas não são só prejudiciais para os planos que a WNBA tem para esse ano. As consequências afetam as atletas pelo resto de suas carreiras: as mais novas no desenvolvimento de suas habilidades como promessas e as mais velhas com a possível necessidade de se afastar das quadras.
Sinceramente, agora não há muito o que fazer, a não ser cobrar da parte organizacional da liga por executar a melhor forma de cuidado com suas atletas, como Erica Wheeler — ela mesmo um das pessoas que não foi para a Flórida — atentou em um tweet.