Será que chegamos ao último jogo da temporada da WNBA?
E mais: a volta do basquete feminino no Brasil e Érika de Souza campeã na Bélgica
Olá amigos, tudo bem?
Antes de qualquer coisa, uma esclarecimento sobre a ausência de newsletters na semana passada: eu precisei passar por uma cirurgia inesperada na terça-feira (29 de setembro). A recuperação exigiu descanso completo e incluiu dor intensa e constante, portanto, não pude me movimentar muito. Sinto que devo essa satisfação a vocês, leitores, que confiam no meu trabalho e na informação que entrego.
A boa notícia é que minha recuperação melhorou muito no fim de semana e estou pronta para trazer basquete feminino à sua caixa de entrada novamente! Então, vamos lá!
O grande evento de hoje é o Jogo 3 das Finais da WNBA entre o Seattle Storm e o Las Vegas Aces, às 20h (horário de Brasília), que pode ser a última partida da temporada de 2020. Com 2 vitórias na série melhor de 5, Seattle está a um placar positivo de se consagrar campeão pela quarta vez na história. Já Las Vegas luta pela sobrevivência e a chance de levar o confronto para o jogo 4.
Os números conspiram para a primeira opção, mas para entender melhor, acompanhe o resto da newsletter abaixo.
Vamos trazer, também, um resumo do que tem acontecido na Europa e no Brasil. Alguns campeonatos começaram e as brasileiras tem se destacado no Velho Continente. Em terras tupiniquins, a bola já subiu na Copa São Paulo, que conta com várias jogadoras da seleção.
Um breve aviso!
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Depois de uma semana intensa, fica a pergunta: “Nossa, o que rolou”?
A semana passada foi tão intensa que é necessário um resumão a nível do ENEM para nos atualizarmos por completo. Felizmente, como eu disse na introdução, eu estava em repouso de uma cirurgia, então tive bastante tempo de assistir basquete feminino, e vou falar tudo que aconteceu aqui para vocês.
Na WNBA, alguns desfechos:
Na última edição do Beta Basket (24 de setembro), o Minnesota Lynx e o Seattle Storm estavam prestes a entrar em quadra para o seu segundo confronto das semifinais. A equipe liderada por Sue Bird venceu a partida, fato que se repetiu no dia 27 de setembro. Com esses resultados, a série terminou em 3 a 0 para Seattle e o Minnesota deu tchau para a bolha em Bradenton, inclusive Damiris Dantas, a única brasileira que atuou na WNBA essa temporada.
Na outra semifinal, o Connecticut Sun e o Las Vegas Aces se enfrentaram mais três vez e usaram todas as partidas possíveis para decidir quem iria para a final. Com três vitórias e duas derrotas, a vaga para enfrentar o Seattle Storm foi garantida pelo Aces com uma atuação impecável da MVP A’ja Wilson.
As Finais começaram bem rápido. No dia 2 de outubro a bola subiu para a decisão em uma série de cinco jogos entre Seattle Storm e Las Vegas Aces. Novamente, o elenco que conta com Breanna Stewart, Jewell Loyd e Alysha Clark se mostrou dominante e começou vencendo por 93 a 80. Em seguida, no dia 4 de setembro, Sue Bird e suas companheiras se mantiveram soberanas e garantiram mais uma vitória, por 104 a 91, e agora estão a um jogo de levantar o troféu de campeãs da temporada de 2020 da WNBA.
Diante da possível decisão na noite dessa terça-feira, fica a dúvida: como parar o Seattle Storm? É importante ressaltar que neste ano, devido a todas as complicações que a pandemia do COVID-19 trouxe, poucas equipes tiveram o privilégio que Seattle teve de manter seu elenco completo e saudável. Mesmo Sue Bird tendo que ficar algumas partidas de fora, a sua base com Breanna Stewart, Alysha Clark e Jewell Loyd se manteve intacta. O seu adversário na final, Las Vegas Aces, entrou na temporada sem Liz Cambage (questões médicas) e Kelsey Plum (lesão). Agora, também não pode contar com Dearica Hamby, sua Sexta Mulher do Ano e pontuadora essencial, devido a uma lesão.
Com Breanna Stewart anotando 29,5 pontos e 8,5 rebotes por jogos nas finais, 10 arremessos certeiros da linha de três, Sue Bird batendo recorde atrás de recorde (como as 16 assistências no primeiro jogo), Jewell Loyd com 65% de aproveitamento na última partida e Alysha Clark cobrindo todos os lados da quadra com sua defesa, é necessário muito mais do que a força da MVP A’ja Wilson e a experiência de Angel McCoughtry em finais para impedir que o Seattle Storm garanta o título.
De qualquer maneira, precisamos parar por um momento e apreciar o momento do basquete feminino que temos a honra e a oportunidade de acompanhar. Breanna Stewart está apenas começando e certamente vai ser uma daquelas jogadoras que marca toda uma geração, assim como fez e está fazendo Sue Bird.
Em meio a pandemia e fora de uma bolha, a Copa São Paulo teve sua estreia
No dia 27 de setembro, a Federação Paulista de Basquete deu início à Copa São Paulo, o primeiro torneio de basquete feminino no Brasil desde o cancelamento da temporada de 2020 da Liga de Basquete Feminino devido à pandemia do COVID-19. A princípio, cinco equipes participariam do campeonato, mas uma delas (Pró-Esporte/Sorocaba) decidiu por tirar o seu nome devido à complicações logísticas causadas pela atual situação global.
O calendário ficou definido por um jogo entre Tietê Agroindustrial/Bax Catanduva (mandante) e Apagebask/Guarulhos, no dia 27 de setembro, que terminou com vitória da equipe dona da casa por 78 a 60. E outro no dia 3 de setembro, no qual Vera Cruz Campinas (mandante) enfrentou Basketball Santo André/Apaba, no dia 3 de outubro e venceu por 88 a 42. Nesse duelo, Tassia Carcavalli e Jeanne Moraes tiveram rendimento memorável com 19 pontos cada.
Os próximos jogos serão realizados nos dias 9 e 10 de outubro, na cidade de Catanduva, e já definem os finalistas e terceiro lugar. De acordo com os resultados deixam a tabela para as semifinais da seguinte maneira:
9 de outubro, Semifinais
Jogo 1, às 18h: Vera Cruz Campinas x Apagebask/Guarulhos
Jogo 2, às 20h: Tietê Agroindustrial/Bax Catanduva x Basketball Santo André/Apaba
10 de outubro, Final e Terceiro Lugar
Terceiro Lugar, às 17h: Perdedor do Jogo 1 x Perdedor do Jogo 2
Final, às 19h: Vencedor do Jogo 1 x Vencedor do Jogo 2
Na Europa, a segunda brasileira se sagra campeã na temporada
Os campeonatos de basquete feminino na Europa começaram em setembro e já estão em ritmo aceleradíssimo. Como foi reportado aqui no Beta Basket, a Nadia Colhado ganhou um campeonato local com o Lointek Gernika Bizkaia logo no começo da temporada europeia. Agora, mais uma jogadora brasileira levantou uma taça em terras do Velho Continente.
No sábado, dia 3 de outubro, Érika de Souza, que acabou de chegar no Royal Castors Braine, venceu o campeonato belga e conquistou mais um título nacional. A conquista veio através da vitória contra o Phantooms Basket Boom. No duelo, a pivô brasileira anotou 9 pontos e a francesa Mamignan Toure liderou a súmula com 22 pontos.
O que falar de Érika de Souza, não é mesmo? Em outra edição do Beta Basket relatamos seu histórico vencedor, com títulos na WNBA, Hungria, Espanha e Brasil Agora, a carioca eterniza seu nome em pais um país: a Bélgica.
O Brasil dominou a liga portuguesa
A maior concentração de brasileiras na Europa nessa temporada é em Portugal (oito, no total, em seis times diferentes). Vamos aos placares e à atuação das nossas atletas na primeira rodada do Campeonato Português*, que foi realizada no dia 3 de outubro.
O Quinta dos Lobos, de Raphaella Monteiro, perdeu para o Benfica por 76 a 63. A ala, porém, se saiu muito bem, com 19 pontos e 7 rebotes.
O confronto entre Vitória SC e GDESSA/Barreiro teve brasileiras em ambos os lados. Pelo Vitória, Bárbara Souza, anotou um duplo-duplo de 10 pontos e 10 rebotes. Tati Pacheco é companheira de Bárbara ainda não entrou em quadra. Pelo Barreiro, Jennifer Nonato foi a cestinha, com 15 pontos. Aline Moura flertou com um duplo-duplo com 12 pontos e 8 rebotes.
Julia Torres, no Olivais, anotou 11 pontos e pegou 15 rebotes na vitória por 61 a 47 sobre o Vagos.
Outra que também experimentou louro na rodada foi Gabriela Guimarães, do União Esportiva, que ganhou o confronto contra o CAB Madeira por 87 a 82. Seu rendimento também foi positivo, com 6 pontos e 10 derrotas.
O Galitos, de Aruzha Lima, perdeu do CT Natação Sabes Seguros por 54 a 45. Aruzha anotou 11 pontos.
Ainda tem mais*
Para essa edição não ficar muito longa, mas ao mesmo tempo atualiza-los por completo, vamos a um jogo rápido de mais resultados de brasileiras na Europa.
No domingo, dia 4 de outubro, Clarissa dos Santos jogou seu primeiro confronto do Campeonato Turco e saiu com números incríveis na vitória do Izmit Belediyespor por 69 a 68 na prorrogação contra o Kayseri Basketbol. A brasileira saiu de quadra com incríveis 10 pontos e 17 rebotes.
Débora Costa estreou na liga sueca no dia 1 de outubro, também com placar positivo e ótimos números. O confronto contra o A3 Basket Umea terminou em 83 a 69, e a armadora saiu de quadra com 12 pontos e 6 assistências. Vale ressaltar o seu aproveitamento de 50% nos arremessos para três pontos (3-6).
*A segunda rodada da Liga Portuguesa foi no dia 5 de outubro. Nadia Colhado também jogou mais uma rodada da Liga Endesa, e tem também notícias da Isabela Ramona, na Bulgária, mas para não deixar a newsletter ainda mais longa, vou falar delas na quinta-feira!
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