Vim aqui dar um update para vocês, fieis leitores que nos acompanham semanalmente. Como vocês perceberam, a frequência das newsletters diminuiu, e eu quero explicar o motivo, que é muito bom, na verdade!
Olá amigos, tudo bem?
Devido ao sucesso do projeto em sua primeira temporada, eu, Roberta Rodrigues, idealizadora do Beta Basket, me dei conta de que poderíamos fazer mais. Existe um campo muito grande para a produção de conteúdo original de basquete feminino, tanto em termos jornalísticos quando em redes e plataformas digitais.
Recentemente, houve um boom na atenção dada às ligas femininas, tanto nacionais quanto internacionais. Ainda assim, é raro encontrar produção de conteúdo original e independente. O Beta Basket surgiu com esse objetivo, pensando no extra-quadra e nos aspectos sociais que envolvem uma mulher como atleta de alto rendimento.
Queremos, também, promover a PROFISSIONALIZAÇÃO da cobertura do basquete feminino online feito por mulheres. Nossa equipe é e sempre será 100% feminina (por nascimento ou não!). Não queremos ficar apenas nas timelines do Twitter, pois acreditamos que 280 caracteres — mesmo em threads — nunca será o suficiente para abordar um tema com qualidade. Também temos consciência de que aquele jogada a jogada não é tudo. É preciso mais, muito mais.
Enfim, tudo isso para dizer que o Beta Basket está expandindo. As newsletters continuam e por enquanto diminuímos a frequência porque estamos construindo um site, fazendo lives semanais na Twitch, criando conteúdo no Instagram e seguindo com a cobertura no Twitter. Hoje eu tenho a ajuda das incríveis Rébeca Valente e da Isabella Mei com os textos, lives e vídeos, o que envolve uma parte absurda da nossa produção. Mas ainda temos desenvolvimento de design, parcerias, media kit, e toda a área institucional.
UM POUCO DO QUE TEMOS FEITO:
COMO PODEMOS FAZER MAIS?
É MUITO trabalho. Por isso que, recentemente, eu cedi e abri o Patreon para arrecadar custos e viabilizar um projeto melhor. Hoje, fazemos $41 por mês, o que permitiu comprarmos um domínio e uma plataforma premium para construir um site. Sim, isso já está acontecendo, mas não é um processo fácil porque agora eu tenho um emprego, completamente fora da área de comunicação que toma bastante tempo. Além disso, e muito mais importante, tenho uma família. Minha esposa e meu cachorro são minha prioridade. Basquete feminino vem logo em segundo lugar.
Portanto, as coisas estão andando devagar. Mas isso pode ser diferente e é aí que eu preciso da ajuda de vocês.
Infelizmente é difícil encontrar alguma empresa ou algum investidor que esteja disposto a injetar dinheiro em um projeto de comunicação de basquete feminino. Até agora, TUDO que tem sido feito aqui é com meu próprio dinheiro (exceto o que mencionei acima que veio do Patreon, que cobre menos da metade das nossas necessidades).
Enquanto isso não acontece, eu preciso muito que você, que acredita que mulheres no esporte e na cobertura esportiva merecem mais, pense com carinho na possibilidade de colaborar com R$20 por mês ($3) com o Beta Basket. Pode ser mais, mas esse é o valor mais baixo possível. Como vocês sabem, eu moro nos EUA (por isso os valores em dólar) e me mudei para cá em 2016 exatamente para expandir meu conhecimento e habilidade no trabalho com a modalidade, então eu sei da qualidade que posso oferecer.
Se 10 pessoas colaborarem com R$ 20, já são R$ 200 e muita coisa pode ser feita. Se duas pessoas colaborarem com R$ 50, são mais R$ 100. Imagina o tipo de conteúdo que vamos entregar com esse incentivo. Ainda mais dando um retorno concreto. Quem colabora financeiramente vai ganhar uns presentinhos e reconhecimentos, como prometido no site.
UM POUCA DA MINHA HISTÓRIA E CREDIBILIDADE
Clique nos botões a seguir para saber mais sobre mim:
Sempre foi o meu sonho criar algo para essa modalidade em formato multiplataforma. Desde 2008, na verdade, quando eu e mais quatro pessoas incríveis nos tornamos membros-fundadoras do WNBA Brasil e produzimos conteúdo em texto e vídeo. Mas àquela época a atenção que a liga das mulheres ganhava era quase nula.
O basquete masculino já está presente quase em todos os cantos da internet, por que não também dominar esses espaços com o feminino?
Recebemos muito reconhecimento, mas pouco incentivo. Enquanto o espaço para a NBA e as ligas masculinas nacionais crescia, o basquete feminino era deixado cada vez mais de lado até que chegou ao ponto que vimos hoje: fora de um campeonato mundial e das Olimpíadas. No lado da cobertura, observávamos enquanto homens eram chamados para atuação profissional em redações e televisão, sendo remunerados, e nós, por sermos mulheres falando exclusivamente de basquete feminino, tínhamos nosso conhecimento exigido e buscado por profissionais, mas nunca de modo que poderíamos nos dedicar 100% já que crescemos e precisávamos cuidar das contas.
Em 2011, eu comecei a faculdade de jornalismo justamente para aperfeiçoar minhas habilidades na cobertura do basquete feminino. Literalmente, eu disse para os meus pais que esse era o motivo de eu escolher esse curso. E agora, em 2020, isso está tendo resultado. Como vocês podem ver, um sonho que começou em 2008, deu seu primeiro grande passo principal em 2011, o segundo em 2016, só agora, em 2020 está tendo seus melhores resultados e reconhecimentos. As coisas, meus amigos, não acontecem da noite pro dia. Principalmente se a sua especialidade é essa que amamos tanto.
Durante a pandemia, eu fiquei desempregada por cinco meses. Foi um período difícil, mas que hoje eu vejo que veio no momento certo. Por ter esse tempo livre, eu pude criar o Beta Basket e me dedicar quase que 100% a um projeto pela primeira vez na minha vida adulta. O resultado, como eu disse acima, foi incrível e muito maior do que eu esperava. Me deparar com essa realidade de que a única coisa que faltava era tempo reavivou sonhos de anos atrás.
MAIS TRABALHOS QUE MERECEM RECONHECIMENTO*
Além do Beta Basket, indicamos o Planeta Basquete Feminino tem feito um trabalho espetacular com atualização de notícias em seu blog (com podcasts dentro), Twitter e Instagram; o Área Restritiva, que conta com a Graziela Cristina fazendo uma cobertura impecável sobre a WNBA; o Blog do Souza, que tem eu e a Jéssica Maciel na equipe escrevendo sobre basquete feminino; o Portal do Basquete Feminino (hoje diretamente ligado à LBF); Santa Ignorância, no Twitter. Esses são projetos que apresentam continuidade e compromisso além do jogo a jogo.
Se você não viu a sua página ou trabalho aqui, POR FAVOR, entre em contato comigo e vou atualizar semanalmente para que cada vez mais as pessoas tenham acesso a informação sobre basquete feminino com pluralidade.